Quem trabalha diretamente com pessoas surdas, "escuta" uma fala muito recorrente. A de que o discurso ouvinte é o discurso dominante e que esse discurso se torna uma imposição social, onde o Surdo se vê excluído devido a barreira linguística. Bem , é preciso analisar com cuidado esse pensamento sustentado pela comunidade Surda e até por alguns ouvintes que trabalham junto ao Surdo, para que esse posicionamento não seja causa de mais discriminação. É muito perigoso generalizar, como se todos os Surdos pudessem ser condensados em um único dizer. Seria igualmente injusto o mesmo ser feito com os ouvintes.
É na sessão de análise que podemos ver o quanto isso se torna impossível. É na singularidade do discurso de cada sujeito que se propõe a falar, que modos de subjetivação aparecem, todos distintos e ricos de significação e sintomas. Quando, nós ouvintes, colocamos frases como: "os Surdos são assim", ou: "ele fez isso porque é Surdo", "Surdo é sempre assim", etc, estamos eliminando toda a sua experiência de vida, todo o seu conhecimento, seus valores, seu encadeamento inconsciente, e aniquilando dentro de nós mesmos, a possibilidade de escuta do sujeito em sofrimento, com o objetivo de uma proposta de mudança de posição subjetiva, frente àquilo que o faz sofrer.
Os Surdos podem apresentar adoecimentos depressivos, obsessivos, histéricos, fóbicos, ou psicóticos, assim como os ouvintes pois seu inconsciente também é estruturado como uma linguagem e eles estão "condenados" à trama simbólica que nos mantém falantes. Agora, como o sintoma é vivenciado por cada um e os ganhos que se tem, isso só pode ser visto caso a caso.
Visto isso, na sessão de análise está abolido qualquer pensamento preconceituoso que coloque Surdos e ouvintes em lados opostos. Também é proibido qualquer forma de igualdade, de equiparação, pois o que se busca é algo que aponta para uma diferença.
O SUJEITO é único, singular. Não é Surdo, ou ouvinte, homem ou mulher, velho ou jovem. Ele simplesmente é e fala. As formações inconscientes se manifestam de forma exclusiva, ou seja, naquele sujeito e são como as digitais: cada um com as suas.
É na sessão de análise que podemos ver o quanto isso se torna impossível. É na singularidade do discurso de cada sujeito que se propõe a falar, que modos de subjetivação aparecem, todos distintos e ricos de significação e sintomas. Quando, nós ouvintes, colocamos frases como: "os Surdos são assim", ou: "ele fez isso porque é Surdo", "Surdo é sempre assim", etc, estamos eliminando toda a sua experiência de vida, todo o seu conhecimento, seus valores, seu encadeamento inconsciente, e aniquilando dentro de nós mesmos, a possibilidade de escuta do sujeito em sofrimento, com o objetivo de uma proposta de mudança de posição subjetiva, frente àquilo que o faz sofrer.
Os Surdos podem apresentar adoecimentos depressivos, obsessivos, histéricos, fóbicos, ou psicóticos, assim como os ouvintes pois seu inconsciente também é estruturado como uma linguagem e eles estão "condenados" à trama simbólica que nos mantém falantes. Agora, como o sintoma é vivenciado por cada um e os ganhos que se tem, isso só pode ser visto caso a caso.
Visto isso, na sessão de análise está abolido qualquer pensamento preconceituoso que coloque Surdos e ouvintes em lados opostos. Também é proibido qualquer forma de igualdade, de equiparação, pois o que se busca é algo que aponta para uma diferença.
O SUJEITO é único, singular. Não é Surdo, ou ouvinte, homem ou mulher, velho ou jovem. Ele simplesmente é e fala. As formações inconscientes se manifestam de forma exclusiva, ou seja, naquele sujeito e são como as digitais: cada um com as suas.
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